sábado, 13 de agosto de 2011

Chegou o bebê. E agora?

Está mais do que na hora de escrever por aqui temas mais úteis, digamos assim, mas intercalados com as histórias das meninas.

Vou escrever uma série de matérias aqui sobre crianças/bebês e cães.

É comum ouvirmos a famosa frase: "Estamos esperando um bebê e não sei o que fazer com meu cão. E agora?". O interessante é que o cão vive com ela há anos e, por que já mudou em relação a ele? Sei que muitas vezes a dúvida nem parte do casal: mas sim de parentes, amigos e inclusive de médicos e livros que começam a dar palpites e colocar medos e mais medos nestas pessoas. O que mais se escuta ou lê por aí, quando anunciamos a gravidez é: "livre-se do cão, ele transmite doenças para o bebê!", "ele vai atacar o bebê achando que é outro bicho", "vocês estão loucos! Imagine o trabalho em ter filho e cão ao mesmo tempo!".

Acredite: ouvimos estas frases inúmeras vezes. Inclusive deixamos de comprar livros sobre gravidez que falavam explicitamente: livre-se do seu animal, qualquer que seja ele. Livros assim são um desserviço!!

Quando decidimos ter um cão, devemos ser totalmente responsáveis por ele, sabendo que um dia teremos filhos, e cuidar dele até ele passar para a ponte do arco-íris. A vida está sempre mudando e não é ético nos livrarmos de nossos cães simplesmente porque vamos ter um bebê ou nos mudar. Não foram eles que escolheram morar conosco, e sim nós que escolhemos levá-los para compartilharmos a vida.

Minha família não são somente os humanos: os animais estão aí incluídos. Quando acontece algo que mude nossas vidas, nos adaptamos para que todos possamos viver bem: humanos e não-humanos.

Que tal então nos adaptarmos à chegada do bebê?

Primeiro de tudo, cuide da higiene. Escove o cão (ajuda a retirar os pelos mortos), banhe-o (não mais que uma vez na semana - o ideal é dar o menor número de banhos possível, dependendo do cão) e cuide de sua saúde.

Agora que o bebê chegou, deixe que ele cheire-o. Não há nada de errado em ele querer conhecer o mais novo membro da família. Se isolarmos o cão do bebê, aí sim os problemas podem começar, porque ele deixará de receber atenção a maior parte do tempo e associará isso com a chegada do bebê. A chegada do bebê e a sua presença devem ser algo extremamente bom para o cão! Quando você estiver com o bebê (trocando fralda, dando banho, amamentando), deixe o cão por perto, faça carinho, ofereça petiscos, interaja com ele também.

Haja normalmente, mude o menos possível a rotina. Seu cão tem costume de passear? Passeie com ele e com seu filho. Será um momento especial para ambos! Acredite: minhas meninas adoram passear juntas e é um momento especial em família. E as duas gostam de andar! No começo a Lê ia no sling, porque eu não gosto de andar de carrinho... risos.

Quanto à transmissão de doenças, é muito mais fácil seu filho pegar uma doença de alguém que foi à sua casa, dos amiguinhos da escola e nos passeios. Ou seja: é mais fácil ele pegar doenças de humanos do que do cão da família. Aliás, uma ótima notícia: o contato desde cedo com animais de estimação estimula o sistema imunológico do seu filho, tornando-o menos suscetível a alergias e problemas respiratórios.

Mas nunca se esqueça: supervisão SEMPRE!! Por mais dócil que seja o cão, ele é um cão. Não só ele pode machucar seu filho, como seu filho também pode machucar o cão.

Sempre premie o cão por se comportar bem perto do seu filho. Um bom treino para se fazer é o da caminha (clique aqui para saber como fazê-lo).

O convívio cão x criança tem tudo para dar certo quando fazemos o que é certo!

Letícia mais novinha brincando com a Suzie no sofá

Já maiorzinha, na grama, num dia bem quente, querendo brincar

Abraçada com sua irmã canina

7 comentários:

  1. Exatamente! O começo é muito duro, porque você e o seu marido (ou companheiro, enfim) estão muito atrapalhados em tentar se adaptar ao bebê. A gente não dorme direito, não come direito...e é normal que o cão fique de lado no começo, ainda mais se a mãe tiver algum problema com o bebê, como aconteceu comigo. Eu sempre tive a intenção de não mudar com o Pancho, mas quando o Izan nasceu parecia que tinha passado um terremoto, ainda mais que tive problemas para amamentar e os primeiros meses eu ficava 24 horas grudada no Izan. O Pancho se ressentiu. Foi preciso se organizar muito até que consegui dar pelo menos 5 minutos de atenção ao Pancho. Hoje em dia ele está super adaptado ao Izan e até espera ele dormir para pedir pra brincar, um barato.

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  2. Oi Alessandra =)

    O começo é bem complicado mesmo, porque nunca tivemos filho e ficamos totalmente perdidos. Mas, com um pouco de organização, conseguimos tirar de letra um tempo depois =)

    Parabéns pra gente, que somos mães felizes com cães e crianças!

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  3. Amei seu blog!!!
    que ótimas dicas! Estou fazendo tratamento para engravidar e não gostaria de deixar meus dois companheiros de anos de lado caso o bebê venha mesmo...
    Vou sempre passar por aqui, espero que o tratamento dê certo, pois agora já tenho onde pegar as dicas!
    bjs

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  4. Olá, Dalila!

    Puxa, obrigada! Estou aqui na torcida para que dê certo sua gravidez! Com certeza você terá todos seus filhos juntos, animais e humanos, e será muito legal!

    Beijos!

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  5. Acabei de indicar o blog para uma amiga que vai ter bebê e tem uma beagle!
    Acho que nesse post faltou uma foto da Letícia no sling durante os passeios com a Suzie! ;-)

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  6. Oi Helena, pois é!!! Faltou mesmo a foto da Lê no sling nos passeios com a Suzie... guenta aí que posto aqui =) Obrigada pela dica!!!

    Beijão!

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  7. Menina!!
    Seu blog é um achado...eu tinha uma poodle de 8 anos e estava sem saber como adaptar ela com meu bebê em fase de engatinhar, meu bb tem 1 ano. Quando finalmente consegui, ela morreu de Piometra...Isso acontece mês passado e meu coração ainda dói muito, se tiver um tempo de ler no meu blog vai entender.
    Bom, eu estou sentindo muita falta de ter um cão, muita mesmo...meu marido disse que me dá outro, que claro, não vai substituir a dor da partida da Magrela, mas para mim seria uma alegria, pois amo bicho..A questão é que TODOS que conheço estão me desencorajando a ter um novo filhote com meu filho ainda engatinhando, que vai dar muito trabalho treinar um cão tendo um bebê, que vou enlouquecer e por aí vai..e to nessa dúvida se pego um novo filhote ou não, seria de poodle, a raça que mais amo...
    Bom, mais uma vez, parabéns pelo blog, estou amando te ler!
    Bjks!

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